7 de jul. de 2012

Planos de Deus




“E tu, Belém, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Malaquias 5:2


Aquele era um pequeno povoado numa terra tão, tão distante. Era um povoado sem muita expressão para outros povos. Seus dias não eram contados para registro histórico da humanidade, seus heróis com suas conquistas não inspiravam gerações. Um lugar distante formado por um povo matuto e simples. Era um vilarejo muito pequeno, sendo provável que todos se conhecessem. Podia-se dizer ser uma pequeníssima cidade pacata ou como um habilidoso escritor a denominaria de “serenidade plácida da quietude cômoda”. Nada de muito diferente acontecia por lá no quesito a grandes coisas. Povo simples e de características marcantes: Povo de coração bom, mas não sabiam o que era amar; tinha os olhos sempre abertos, mas não sabia enxergar; sua boca que louvava e bendizia era a mesma que amaldiçoava; seus pés sempre prontos a levá-los a lugares maravilhosos, mas eram os mesmos que os conduziam a grandes precipícios; seus pensamentos eram maliciosos, impuros, perversos ainda que aparentemente se portassem como amigáveis. Não havia muita esperança de mudança para eles. Nada neles era especial a ponto de despertar interesse aos que por ali passavam.

Mas aquela cidade estava marcada, dentro dos planos eternos de Deus, para ser abalada por um grande terremoto seguido de tempestades de grandes acontecimentos. Ventos impetuosos soprariam transformação que abalaria todos os alicerces daquele pequeno povo. Nada seria o mesmo. A cultura seria abalada, assim como a política, a economia, a família, a religião e a fé. Mas o que seria tão terrível que acometeria aquela pequena cidade? Não, não era um desastre natural que aconteceria não! Deus a escolhera para que seu filho nascesse. Mas por que lá? Por que não numa cidade importante, dentro de uma família nobre, no meio de grandes heróis? Por que lá? Lá onde ninguém dava a mínima... são essas pequenas cidades, pequenos povos, sem importância, sem muitas qualidades e muitas vezes fazendo o que não é certo, são esses que Deus amou e ama de maneira tal que se faz notória sua ação transformadora.

Ah, só esqueci de lhe dizer que esta cidade tão, tão distante é seu coração que Deus escolheu para reconstruir todos os valores e conceitos outrora perdidos ou nunca alcançados. Cristo já nasceu em muitos corações e também quer nascer no seu e com esse advento trazer transformação, cura e descanso para sua alma e para seu espírito. Deus não procura grandes corações, grandes heróis, povos importantes, ele procura os humildes para exaltá-los, os sem valor para os coparar as finas joias, os tão distantes para se tornarem os de perto. Deus procura você.

Miquéias Castro

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