1 de dez. de 2013

GRATIDÃO!


Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. 1 Tessalonicenses 5.18

Aquela era uma família tradicional na cidade. Desde seus antepassados aprendera a observar todos os preceitos religiosos, éticos e morais. Há muitas gerações vinham cumprindo a risca tudo que aprendera. No seu calendário todas as festas eram comemoradas sem esquecer de nem uma: Natal, Páscoa, Ações de Graças e outras mais...

Todos os anos tudo isso era sagrado, todas as festas realizadas com muito empenho e dedicação de todos, algo que era comentado por toda a cidade. Mas aquele ano estava tudo diferente... o pai perdera o emprego e estava a cinco meses desempregado, a mãe estava doente e necessitando de cuidados específicos, um dos filhos teve o primeiro contato com as drogas e a menina tinha terminado o namoro e estava pleno desconforto sentimental.

Estava chegando o dia de Ações de Graça, um reconhecimento humano de que todas as bênçãos vem de Deus e Ele quer ser adorado e reconhecido como provedor e sustentador de tudo e de todos. Mas como dar graças em meio a lutas? Como se alegrar em meio a tantos problemas? Como como crer se a crença parece ser violada pela realidade?
A decisão estava tomada: “Esse ano não temos motivos para comemorarmos o Dia de Ações de Graças!” disse o pai depois de mais uma discussão.

Só esqueceram que o ensinamento do Apostolo Paulo aos Tessalonicenses era de serem gratos a Deus em tudo, gratos pela fartura como também pela escassez, gratos pela saúde plena como também pela doença, grato pelos amigos, mas também pelos inimigos... gratos por tudo e em todo tempo. A gratidão não é algo que deva estar vinculado às coisas ou ao tempo ou às pessoas, ou ao sentimentos, mas sim ao coração grato e ao espírito quebrantado e ao completo reconhecimento de que não somos merecedores de nada, mas o que temos já é muito mais que merecemos e o que Deus faz em nós e por nós está muito além de nossa benemerência e mérito.


Aprendemos a agradecer à vovó quando nos dava um presente de aniversário. Ai daquele que não dizia obrigado! Aprendemos a agradecer ao patrão quando recebemos uma promoção e a bajular quem nos bajula. Em contra partida, também aprendemos que não cabe agradecimento à quem nos dava uma varada, quando em lugar de um beijo levávamos um bofetão. Assim como essa família somos todos nós: INGRÁTOS, uma vez que a ingratidão é o esquecimento de uma benção recebida em detrimento de outra que ainda não chegou. Deus nunca deixou de nos abençoar, de nos suprir, de nos guardar, uma única vez que ele não fez o que pedimos ou não fez do jeito que esperávamos todo o sentimento de gratidão desaparece. Deus está à procura de filhos que o ame pelo que ele é e saiba agradecê-lo por tudo, não só pelas coisas boas, mas também pelas aparentemente ruins.  Ainda que morrêssemos em plena escassez, fossemos atacados da pior doença ou abandonados por todos, nada disso poderia nos fazer esquecer o tamanho do amor e cuidado de Deus para conosco. Nem toda a gratidão do mundo seria capaz de superar tudo quanto Deus tem feito. 


Miquéias de Castro


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