2 de jun. de 2013

PROTEÇÃO


“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” ( Jo 1.12-13). “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; {criatura; ou criação} as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. (2 Co 5.17)

Todo tem suas histórias que marcaram nossa infância. Lembro-me que morávamos em uma casa com um belo quintal, ou terreiro como alguns costumam chamar. Era meu lugar preferido para brincar. Não só pelas brincadeiras, mas também pelo fato de termos muitos tipos de aves: das mais simples às exóticas. Passava longas horas do dia naquele quintal tratando dos faisões, limpando o viveiro dos periquitos australianos, colhendo os ovos azuis das galinhas poloesas, cuidando dos pintinhos gigantes etc.

Mas um das minhas lembranças foi o de ganhar um casal de patos. Ansioso, comecei a cavar um pequeno poço para eles se refrescarem. Não via a hora de ver filhotes daqueles patos. Só tinha um problema: a pata era desnaturada, não chocava seus ovos, nem se quer tinha um ninho. Por onde passava deixava ali seus ovos. Lembro-me de colher seus ovos até dentro do laguinho. Ajuntei alguns ovos e coloquei para chocar em uma garnisé das penas arrepiadas (uma raça rara).

Depois de 28 dias os ovos começam a eclodirem. No dia seguinte sai a mãe orgulhosa exibindo seus filhos por todo o terreiro. Lembro-me que era uma manhã de sábado debruçado na janela, ainda sonolento e com uma xícara de café nas mãos, ouço um cacarejar enlouquecedor da galinha. Era como se algo estivesse acontecendo, como que um perigo iminente, ou quem sabe um predador... deixei meu café e saí correndo com medo de ser um lagarto rondando os ninhos, que era comum acontecer. Deparei-me com uma cena que me tirou o chão de debaixo dos pés. Fiquei sem reação. A galinha gritava eufórica correndo de um lado para o outro dando várias voltas em torno dos seus “filhos” temendo o pior, enquanto eles, sem dar nenhuma atenção, nadavam tranquilos no laguinho.

Às vezes me lembro dessa cena e penso o quanto Deus tem tentado nos manter por perto, mas insistimos em andar longe de sua proteção, distante de suas asas. A Bíblia diz que fomos adotados como filhos de Deus, éramos escravos, estávamos perdidos, não havia possibilidade de vida para nós, Deus com sua infinita misericórdia e incondicional amor nos trouxe a vida, nos abençoou, nos socorreu e menos se espera estamos nós voltando para nossa vida longe do Pai.

Não importa se sua vida é do jeito que você gosta, não importa se você faz o que lhe apraz. Nada disso compensa o risco de vivermos distante de Deus.

Que sua escolha seja abrir mão de tudo que não faz mais parte de sua natureza e viver um novo homem e uma nova mulher para Cristo e por Cristo, e com toda certeza Deus te recompensará: “O Senhor lhe retribua o que você tem feito! Que você seja ricamente recompensada pelo Senhor, o Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio!” Rute 2:12


Miquéias Castro


2 comentários:

  1. Me fez chorar como criança! Volto aos braços do Pai, onde mais uma vez peço perdão e de onde nunca deveria ter saído! ! Agradeço ao Pastor pela bela ilustração! !
    Denise

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    1. Olá Denise,

      Fico grato a Deus por provocar em ti muito mais que minhas palavras poderiam fazer...

      Os braços do Pai é um lugar que todos nós precisamos estar e nunca sair deles.

      Fica com Deus

      Pr. Miquéias Castro

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