24 de mar. de 2013


“De repente, uma violenta tempestade abateu-se sobre o mar, de forma que as ondas inundavam o barco. Jesus, porém, dormia. Os discípulos foram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Vamos morrer! Ele perguntou: Por que vocês estão com tanto medo, homens de pequena fé? Então ele se levantou e repreendeu os ventos e o mar, e fez-se completa bonança.” Mateus 8:24-26
De uma forma súbita e repentina, uma grande tempestade caiu sobre eles. Provavelmente imaginavam que estando perto do mestre nada de ruim lhes aconteceria. Não era qualquer pessoa, qualquer um que estava naquele barquinho, era o que eles tinham visto fazer muitos milagres, muitas maravilhas, era quem presenciaram multiplicando pães e peixes, trazendo a vida aos mortos, possibilitando independência aos paralíticos, curando as feridas. Em suas mentes, quem sabe, pairavam a certeza de que com alguém como Jesus por perto nenhum mal lhe sobreviriam, mas estavam errados. Inesperadamente os céus se enegreceram, relâmpagos começaram a rasgar as nuvens e um grande coro de trovões começaram a ecoar. Ainda assim criam que aquela tempestade jamais chegaria até eles. Estavam firmes, confiantes, seguros na certeza de que não passariam pela tempestade. Ninguém podia negar que não tinham fé, que não! Quem sabe não repreenderam as nuvens, tentaram afugentar os trovões, oraram para que a chuva não caísse? Mas, o que mais temiam aconteceu: uma grande tempestade de chuva e vento chocou contra eles. Não bastasse tamanho temporal, estavam dentro de um pequeno barquinho e em meio ao mar. Cenário assustador para qualquer mero mortal! Rapidamente acordam Jesus, que cansado repousava na proa do barquinho. Imediatamente são surpreendidos por uma dura lição do mestre pelo fato de terem uma fé inoperante. O erro deles não foi a falta de fé, mas sim terem uma fé sem fundamento, errada. Esperavam e criam que a tempestade jamais viria, esperavam e criam que afugentariam a forte chuva, esperavam e criam que Deus podia transformar aquela assustadora tempestade numa tarde ensolarada, só não sabiam que nem sempre a fé funciona assim. Por muitas e incontáveis vezes teriam que crer que a fé funcionaria como conforto para quem estivesse exposto a saudade, pão para os que a fome foi visitar, saúde para os que ficaram doentes, companhia para os solitários. A verdadeira fé não é aquela que nos leva a crer que nenhum mal nos sobrevirá, e sim aquela que nos faz sentir seguros ainda que caia a tempestade.

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