Peregrino
“Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28-30
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28-30
Caminhei
mais do que posso. Fui mais longe do que tinha forças e aqui estou ainda.
Lutei, corri, enfrentei e nada adiantou. Estou cansado, enfadado contra tudo e
na minha mente paira tristeza e incerteza.
Meus
pés estão cansados de peregrinar. Há muito não ando, só rastejo. Olho para
todos os lados: escuridão, caos, gritaria, euforia. Onde estou? Pergunto-me a
alma. Cansei de andar errante, cansei de não saber para onde ir e nem mesmo
onde estou.
Olho
para trás e vejo meus rastros deixados a cada passada, marcas profundas, cada
qual marcado na areia pelo peso da minha solidão, dos meus erros, das minhas
incertezas, da minha provação.
Se
me perguntam o que é que estou fazendo, o que há de ser do meu futuro, minha
resposta é: Não sei! Assumo que já soube
o que fazia, já soube para onde eu ia, agora não. Mas o que há hoje de incomum
errar, errar e errar? Não fazem todos assim? Sabe alguém para onde vai? Sabe alguém
o que está fazendo? Ou a menos entendem que estão todos perdidos em suas
aflições no escuro de suas vidas sem saber ao menos por que ou para quê vivem?!
Seria seguro, para mim ou para qualquer outro, saber ou ao menos enxergar o
caminho no qual trilhar, mas está tudo tão escuro, a caligem do nevoeiro caiu sobre
todos turvando e desfocando a visão.
Como
voltar para casa? Como achar o caminho se há muito saí de lá? Estou cansado,
exaustou. Queria eu poder seguir meus passos de volta à casa do pai, mas os
ventos impetuosos sopraram apagando todo meu rastro. Onde estou? Medo, saudade, desespero tomam conta da minha
alma.
Cansado
paro, os pés estão feridos...prostrado me acho, a mente está confusa. Meus ouvidos já não ouvem,
meus olhos já não veem... estou perdido. Como peregrino andei errante, já não
quero continuar. Oh Deus uma coisa peço: leva-me de volta à casa do Pai. Cative
meu coração novamente para ti. Aprisiona-me com teu amor e nunca mais me deixe
viver longe de ti.
Miquéias de Castro
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